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Minha foto caiu na internet

Caiu na Internet meu vídeo e agora? 10 passos para seguir…

Caiu na Internet ou Caiu no Whatsapp são termos comuns na busca para os vídeos pornôs compartilhados pela Internet.

É crime, se for sem consentimento e tem vários “tipos” que vão da troca de mensagens eróticas (prints) à divulgação de vídeos de relações sexuais e até a chantagem.

Quando seu conteúdo “Caiu na Internet” pode receber nomes como Pornografia da Vingança (revenge porn), ou Sexting (contração de sex e texting) ou Sextorção ou outro qualquer…

Vamos entender rapidinho o que significa cada um deles?

Não nos aprofundaremos no que é o que, quem sabe em posts futuros (se os comentários e pedidos forem muitos) por enquanto é só para contextualizar o assunto, ok?

Revenge Porn ou pornô da revanche embora frequentemente usado, é um pouco enganador pois muito do que é divulgado não é necessariamente motivado por vingança ou por quaisquer sentimentos pessoais em relação à vítima. [5]

Seria mais preciso “pornografia não consensual (NCP em inglês)”, definida como a distribuição de imagens sexualmente gráficas de indivíduos sem o seu consentimento.

Mas enfim, no Brasil, revenge porn é usado para nomear a divulgação, sobretudo na internet, de fotos, vídeos, áudios, montagens, em suma, qualquer material sexualmente gráfico, íntimo e privado de uma pessoa, sem a sua autorização. [2]

Já o Sexting se refere a divulgação de conteúdos eróticos e sensuais através de celulares. Começou com o SMS sexualmente sugestivos ou com conteúdo sexual explícito, e com o tempo foi para o envio de fotografias e vídeos em posições sensuais ou nus, aos quais aplica-se o termo nude selfie (“selfie de nudez”), ou simplesmente nude. [6]

E a Sextorção (chantagem ou extorsão e sexo – ou a ameaça de se divulgar imagens íntimas de terceiros para obrigar a vítima a fazer algo contra sua vontade) [7] ou, é claro, algum outro nome dependendo do tipo, da vítima, do objetivo e também da mídia utilizada (texto, vídeo, áudio ou imagem).

E por que esse divisão toda e não um só nome?

Cada um deles tem um “tipo” diferente de elemento que precisa ser trabalhado em vários pontos e, além disso, esse é um assunto relativamente novo – específico da geração Internet que só está no Brasil há 23 anos agora em 2018.

Isso dificulta a identificação e classificação das coisas que acontecem na Internet tanto nos âmbitos acadêmico, políticos, tecnológicos ou quiça jurídicos quando envolvem o crime online e suas ramificações.

Perceba aqui um detalhe: na Internet tudo é muito rápido, nossa vida e trocas tão ou mais rápidas, porém, 23 anos para leis, novidades inimagináveis antes da Internet faz com que algumas coisas sejam muito recentes e passíveis de discussão.

Envolve “explicar” para os mais velhos a urgência do novo e para os novos “como as coisas precisam ser aprofundadas” e não feitas de qualquer modo.

Portanto, são assuntos que por sua vez têm vários pontos de vista e, por si, já são polêmicos pois envolvem temas como crimes (vítimas de todas as idades e criminosos idem), privacidade, violência (de gênero, online), sexo, pornografia infantil, bullying, fetiches, suicídio, machismo e feminismo, jurismos além da tecnologia e todas as subáreas que são relacionadas a essas anteriores.

Viu o tamanho do desenrolar e o problema para “classificar”, nomear e identificar o assunto?

É por isso que se dá diversos nomes e tanta desinformação.

Mesmo assim existe a característica comum, e que será a base deste texto: todas elas causam sofrimento à vítima quando acontece sem consentimento (devido a violência) e, infelizmente, acontece muito.

E por que estamos falando sobre “Caiu na Internet” aqui no Psico.Online?

Porque recebemos a seguinte mensagem na Caixa de Segredo:

Oii, gostaria de dividir um pouco do que eu tô vivendo com alguém, pra ver se o peso passa um pouco <corte>.

A gente começou a se relacionar sem compromisso, pq minha mãe não poderia nem sonhar que eu estava com ele <corte>.

Então chegou um dia que ele pediu pra gravar a gente transando, e eu topei, tava cega de confiança que os vídeos iriam ficar entre a gente, e não foi o que aconteceu.

Primeiro ele mostrou para os amigos dele, e os amigos dele começaram a me zoar na rua, depois ele divulgou pra todos do bairro (e ai caiu na internet). <corte>

Depois simplesmente sumiu <corte> depois disso a minha vida virou um completo inferno, eu não aguento mais o julgamento das pessoas, as piadinhas. <corte>

As pessoas são cruéis, gostam de rir às custas da desgraça alheia, cada indireta, piada, xingamentos que recebo é como se fosse uma facada, eu não quero ir nem na padaria mais pq sei que se eu for, vai ter alguém para fazer a piada da vez <corte>

Já pensei sim em me matar <corte>.

Percebe, querida leitora ou querido leitor o sofrimento envolvido e o quão emaranhada é essa história?

Primeiro vem o peso.

Depois o conflito entre o que os pais e responsáveis aconselham e aquilo que desejamos e aprendemos.

Em seguida a discussão da confiança e então “a internet”.

Então o abandono e sensação de impotência, o bulling e o slut-shaming [2][8] e a ideação suicida.

Só nesse resumo bem superficial de assuntos que envolvem essa mensagem já valia uma ida a um Psicólogo e algumas sessões para conversar tudo isso.

Então, se prepara, pois o texto será grande como os outros: Masturbação Feminina, Descobri um novo interesse Sexual e tenho dúvidas e TDAH existe ou não.

E claro, além disso, vamos respondendo aos poucos para você leitora que mandou a Caixa de Segredos.

E, já que vamos falar de muita coisa aqui no post do “Caiu na Internet”, lembre de deixar seu comentário se tiver dúvidas e sempre, sempre procurar ajuda e lembrar que ninguém está sozinha ou sozinho. 😉

Caiu na Internet. E o depois.

caiu na internet no psicoonline

Quando um conteúdo caiu na Internet não adianta processar Google, Facebook, Whatsapp, Telefônica, Vivo ou outra empresa qualquer.

Ele está na Internet e, por mais que digam que isso é para sempre, não é bem assim e vamos ponderar.

Primeiro raciocine comigo: por que não deveríamos sair processando as empresas?

Resposta: porque elas são as intermediárias.

Quem cometeu o crime de utilizar a Internet sem a devida consciência foi o/a criminoso/a e este é que deverá ser processado pelo sistema judicial.

As empresas podem colaborar removendo o item dos seus conteúdos, (ou dificultar pela burocracia) mas até mesmo desaparecer com um conteúdo é muito difícil, pois os mesmos criminosos (ou outros) também dão nomes diferentes aos arquivos, alteram o tamanho e as características deles, editam cenas…

Tudo isso, faz o conteúdo que deve ser “apagado” transformar-se em outra coisa e, portanto, alterado e também aumentando a dificuldade técnica para encontrar e apagar o determinado conteúdo, agora distribuído por mais criminosos.

Repare que já falamos em criminosos: pois não é só quem colocou o conteúdo online que comete crime ou violência, mas quem distribui, compartilha também está cometendo a infração divulgando o conteúdo que caiu na internet.

Mas voltando, caso você identifique (o que caiu na internet) em um determinado endereço, ele é apagado, mas se alguém publicar novamente com outro nome?

A história começa novamente. Esse é o problema.

E as empresas até trabalham para coibir esse tipo de ação, mas a culpa é dos criminosos.

Veja por exemplo, esse local de Denunciar chantagem, imagens íntimas ou ameaças de compartilhamento de imagens íntimas no Facebook.

E não há o que fazer?

Sim. Se você se sente agredida ou injustiçada deve procurar seus direitos (no final do texto explicaremos o passo a passo do que fazer) mas o que você deve ter em mente é: paciência e resiliência serão importantes.

Ruim? Bastante, mas vamos prosseguir no raciocínio.

Paciência resiliência são essenciais neste momento, não para deixar para lá, mas por que a Internet como conhecemos está mudando todo minuto e todo o dia.

Veja o gráfico:

Caiu na Internet - Tendência do % da mundial da população na Internet
Fonte: https://www.internetworldstats.com/emarketing.htm até 2017 e previsão por cálculo.

Esse é o crescimento da Internet desde o ano de 1995 em percentual do total da população mundial.

O que significa?

Que até 2032 praticamente 100% da população do Mundo terá acesso a Internet.

Nessas horas você se pergunta: “e o que eu tenho com isso? Meu vídeo caiu na internet!”.

Pois bem, esse crescimento do número de pessoas na Internet faz com que os dados trocados por essas pessoas também cresça, ou seja, tudo que existe nela também aumenta em proporções iguais ou ainda maiores.

Imagina o zum zum zum de uma sala lotada de gente…

Do mesmo jeito que o seu vídeo caiu na internet e pode “explodir” online, ele será em breve esquecido e trocado por outro conteúdo que caiu na internet também (o que não deveria ser uma boa notícia) mas que ajuda a entender o quanto os dados online são efêmeros.

Além disso, essa substituição fará com que o conteúdo comece a desaparecer para locais da Internet que poucos conseguem ver ou recuperar.

E ainda assim, como dissemos acima, isso acontece muito.

De modo que o seu conteúdo em breve estará no grupo dos vídeos arquivados e de difícil ou “quase impossível” acesso entre milhares de tantos outros dentre um população que só cresce.

Estamos falando para você não se preocupar?

Não, de jeito nenhum!

Estamos apenas explicando para você que o conteúdo que caiu na internet sumirá dela tão rápido quanto entrou.

Que você pode contar com esse aumento de “dados”, com o aumento de pessoas, com a dispersão de interesses e novos conteúdos para, entender, que no futuro, ninguém (ou quase) se lembrará disso.

Que você deve focar seu esforço para passar por essa tsunami e se fortalecer com o aprendizado disso.

A efemeridade dos conteúdos da Internet

Toda essa explicação é para dizer o seguinte: seu vídeo, que caiu na internet, em breve desaparecerá dela.

Tendo conhecimento disso passamos especificamente para você e a sua postura diante da situação.

A principal informação é que: você não tem culpa!

Você não tem controle do outro.

Você precisa encontrar em você uma postura que lidará com o momento (com ajuda de familiares, profissionais e pessoas de confiança) e deve passar por cima dele.

Já já falaremos da família… Primeiro a dica de como lidar com o assunto com um desconhecido.

Uma dica é: quando alguém falar alguma coisa (a tal das piadinhas), com ar sério (sem sorrir, olhando nos olhos da pessoa mas educadamente e em um tom de voz firme e direto sem alteração) responda algo como:

“Sim, isso aconteceu comigo e me constrange. As providências já foram tomadas. Não quero falar sobre isso”. (desfaça o contato visual e olhe para outro local). Frases curtas. 

Essa postura firme serve para extinguir qualquer tipo de comentário.

A troca posição do contato visual evita que o assunto se prolongue.

E se houver insistência, retorne o olhar frio: “Insisto que isso me constrange e não falaremos mais sobre isso (cara de total neutralidade)” e encerre a conversa.

Não estenda. Corte-a.

O papel da família quando o conteúdo Caiu na Internet

Seu conteúdo efêmero está online.

As pessoas começam a falar. Você já deixou de ter controle, friamente não há mais nada – além das providências legais – que você pode fazer quanto a isso.

O passo agora é procurar alguém da família que você confie e contar o que aconteceu.

“Ah, não tenho alguém da família”. Alguém em quem você confia.

“Ah, não confio em ninguém depois disso.”

Um psicólogo ou psicóloga, que guardará sigilo do que vocês conversarem no consultório. 

Procure alguém!

Nesse processo, você começa a verbalizar as emoções (frustrações, raivas, tristezas) e elas tendem a transbordar.

Lembre-se também do seguinte: por mais que o outro que você confia, também confie em você, a tendência é que essa pessoa inicialmente encha você de perguntas e suposições.

Guie a conversa. Explique o essencial e deixe claro o que você está sentindo para essa pessoa, seja isso, medo, raiva, insegurança, tristeza… fale. Se não quiser falar tudo, fale aos poucos e várias vezes, mas fale.

Isso é um papel de família quando se pode contar com ela. O que nos leva ao seguinte:

O conflito entre o que os pais e responsáveis aconselham e aquilo que desejamos e aprendemos.

Lidar com os pais e familiares não é uma tarefa fácil.

Os papéis podem ser invertidos e a relação parental pode não ser lá essas coisas.

Pode inclusive ser tóxica mas é através dela que, na maioria das vezes, encontramos nossos primeiros alicerces.

No conflito é que moldamos nossas posturas e devo lembrar: eles (nossos pais) não têm todas as respostas e são humanos.

Quando um familiar mais velho está falando ou aconselhando sobre algo ele está utilizando o seu conhecimento adquirido com o tempo para tentar transmitir experiências pelas quais ele já passou.

Certo que esse conhecimento está cheio de senso comum (aquilo que aprende-se no mundo e que nem sempre é o correto) mas, na grande maioria das vezes – e claro há exceções – eles o fazem com o intuito de ajudar.

Pode ser com uma comunicação ruim (pois não sabem uma melhor forma de fazer) pode ser por outro motivo e por isso, cada caso é um caso para analisarmos, mas, em um grupo grande, a ideia é que os pais tentarão de tudo para que seus filhos não sofram.

E esse assunto tem vários textos aqui psico.online, confira:

Mas para desenvolvermo-nos na entrada da adolescência contestamos aqueles que mais sabem na mente (nossos pais) e assim, passamos a equilibrar nossas decisões.

Logo, ouvir mãe e pai é importante. Tomar a decisão é sua decisão, logo, você deveria tê-los como aliados e, voltamos ao ponto, fale e não siga sozinha ou sozinho por esse percurso.

Mas e eu?

Demoramos tanto para chegar nos pormenores da sua Caixa de Segredos para esclarecer sobre as coisas que acontecem e se vão – a tal da efemeridade – e, nesse caso, esperamos que ele, o criminoso (por ignorância, por problemas de moral e caráter, por quais motivos forem) tenha realmente saído para sempre da sua vida.

Embora busquemos um final (querer a confrontação), ficar no equilíbrio entre o passado (que já aconteceu), o presente (a necessidade ou não da confrontação) ou o futuro (os “ses” que incomodam) recomendamos o presente na tentativa de um equilíbrio daquilo que você tem e do que poderá fazer agora.

Complicou né?

Mudar o ambiente ou remover um ou “o” elemento que estimule os problemas é essencial para continuar e mudar o contexto.

E nesse caso, o fato dele sumir, pode ser um facilitador para você se recuperar psicologicamente. 

Querer confrontar nesse caso é buscar, no agressor, uma resposta que pode não existir ou ser diferente daquilo que você espera conseguir, será que vale a pena buscar isso?

Confiança

Nesse ponto já entramos no assunto de troca. Das relações.

Ter seu conteúdo exposto na Internet sem seu consentimento é uma violência que em alguns casos recebe até o nome de “estupro virtual”.

Você está lidando com uma quebra de confiança e isso precisará ser trabalhado.

A primeira coisa é entender o que é essa confiança para você e como neste ponto, você lidará com isso.

Principalmente é por que é extremamente difícil, avaliar isso de modo geral.

Veja só, Rotter [9][10] define confiança como “a expectativa generalizada mantida por um indivíduo ou um grupo de que a palavra, promessa, verbal ou escrita, de outro indivíduo ou grupo e ser confiada”.

Já Rousseau [11] afirma que “confiança é um estado psicológico que compreende a intenção de aceitar uma vulnerabilidade baseada em expectativas positivas das intenções ou comportamentos de outro”.

Porém sabemos que quando falamos da confiança, falamos do risco e a interdependência.

Assim, qual é o maior sentimento e qual é o ponto que mais incomoda em toda essa história para você?

É esse ponto que você deve começar a lidar, é nesse caminho que você deverá buscar ajuda (da família ou do profissional).

Isso caiu na Internet! Já Pensei em me matar.

Essa frase tem peso, força e dor.

Traz com ela o incômodo e o quanto isso é horrível e violento.

Lembra que falamos no começo do texto sobre as raízes do crime, da privacidade invadida, da violência de gênero (violência e agressão sexual), do sexo (nosso instinto mais primitivo de troca, aceitação e desejo), do bullying (essas pessoas cruéis), dos fetiches (o ato em si), do suicídio (esse pôr o fim a), do machismo (pois eles se vangloriam do momento) e do feminismo (enquanto você foi invadida e sofre com a violência) além da tecnologia e todas as subáreas (da exposição, da rápida distribuição desse ato cruel).

Esse frase traz o pesar de tudo isso e é compreensível pois a crueldade e injustiça ficam estampadas e escancaradas.

E arriscaria dizer que o que você busca não é morrer.

É por um final a esse momento. É enterrá-lo da sua vida, o momento e não você! Pois até por compartilhar isso conosco é uma levantada de cabeça para o mundo, gritando, com força para não explodir e dividir o peso, a carga.

Morrer encerraria tudo, como você vem pensando, mas tudo o que você quer encerrar é essa dor e a morte é um preço muito alto além desse que você já está pagando.

Como lidar com as pessoas

Nesse ponto você precisa buscar aquilo que reparará em você o sentimento que mais incomoda.

Demos a dica de como é possível cortar o assunto e a seguir falaremos como você busca seus direitos.

Mas, além disso, um acompanhamento com um profissional para lidar com isso é importante, pois você precisará empoderar-se.

Sei que é difícil neste momento inclusive de acreditar que isso seja possível, mas é nesse empoderamento que você transformará o momento.

Se esse empoderamento vier do ou com o apoio melhor.

Algumas das ONGS que utilizamos de material para incluir informação neste texto foram criadas por vítimas que inconformadas resolveram estudar o assunto e trabalhar no combate e discussão disso. Elas transformaram.

As pessoas esquecerão. As pessoas mudarão. A vida mudará.

Então, leitora, tenha em mente que nesse processo você precisará avançar por caminhos que você não achava que percorreria e, agora, deverá trabalhar com materiais que você também ainda desconhece e que possui.

Esperamos que essas informações, ajudem de algum modo mais prático e, nossos profissionais, estão sempre a disposição.

Dicas Jurídicas de Como proceder quando o conteúdo Caiu na Internet[1]:

  1. Converse com quem viu a mensagem ou que participa do grupo referido e verifique se podem transmitir o conteúdo ou ao menos indicar os nomes dos grupos, nomes ou números telefônicos das pessoas responsáveis pelo conteúdo ofensivo; Lembrando que se conseguir entrar no grupo, só verá as mensagens posteriores ao ingresso;
  2. Tenha em mente que o nome que aparece em um contato pode ser fantasiado, então, busque pelo número de telefone utilizado pelas mensagens; Embora com certeza usuários e grupos tenham um “ID” na aplicação, ao contrário de outras redes sociais, tal dado não é exibível ao público;
  3. Se algum amigo recebeu o conteúdo, ele pode fazer um backup da conversa e remeter para um e-mail ou mesmo lhe remeter o conteúdo; Se algum conhecido é participante do grupo, ele pode extrair uma lista de todos os participantes;
  4. Você não vai conseguir pesquisar por repositório de grupos na Internet e só consegue entrar em um grupo se te adicionarem – O que é bem diferente das redes sociais convencionais; Por outro lado, considere o Google na busca por pessoas mencionando o grupo no Whatsapp;
  5. Uma pessoa pode estar cadastrada no Whatsapp com um numero que não mais detém ou (em casos específicos) de terceiros; Cuidado em tomar conclusões precipitadas. Converse com um perito digital; Jamais processe alguém por achismo ou presunção;
  6. Registre todo o material envolvendo o conteúdo ofensivo, se necessário lavre uma ata notarial, onde um cartório irá constatar que acessando a aplicação pelo usuário x, na data e hora y, obteve acesso ao conteúdo ilegal;
  7. É um erro processar a operadora de telefonia ou provedor de Internet para que forneça dados de um usuário do Whatsapp; Embora o WhatsApp atue com números telefônicos (como ID na aplicação), cada usuário faz um cadastro independente no sistema. O provedor de conexão deverá ser acionado após a vitima descobrir o Ip ou os dados do telefone do responsável;
  8. No pedido de dados de acesso a aplicação, solicite também os números telefônicos cadastrados e o IMEI (número de série do equipamento) (O WhatsApp registra esta informação);
  9. De posse dos dados cadastrais do responsável pela publicação do conteúdo (após fornecimento dos dados pelo provedor de conexão ou telefonia), pode ser o caso da determinação judicial de uma busca e apreensão do equipamento celular para verificar se o conteúdo lá se encontra, podendo os chats serem recuperados mesmo após a exclusão;
  10. Ordem judicial específica poderá requerer o extrato das comunicações feitas de um usuário WhatsApp para outro.

Com estas orientações e medidas a vítima minimizará a dificuldade de apuração da autoria de um crime virtual cometido na plataforma, lembrando que, embora o WhatsApp declare em seus termos que está sob a Lei da Califórnia, ao tratar informações de brasileiros, deve oferecer foro no Brasil para resolução de litígios e principalmente, está obrigado, pelo Marco Civil da Internet, a guardar os registros de acesso a aplicação por 6 (seis) meses. Portanto, a vitima deve agir rapidamente.

Os crimes online podem ser denunciados na Safernet [3] ou através do Disque 100.

Fetiches

Mesmo assim quero me filmar novamente pois apimenta a minha relação.

Muitos não se importam que o vídeo caiu na Internet.

E, tendo conhecimento de todas as informações que passamos, podemos falar do erotismo segundo a psicanálise ou do exibicionismo digital mas, além disso, segundo alguns praticantes é importante o seguinte:

A regra número um é: ao se filmar em momento íntimo, não revelar o seu rosto, o seu nome e nem a sua voz.

Regra 2: é importante que a mulher mantenha a filmagem na posse dela.

Número 3: não compartilhe, não envie por e-mail para o seu parceiro, não envie por chat, por dispositivo de mensagem.

E a quarta regra: apague tão logo seja possível.

Gostou do Assunto?

Abaixo colocamos as referências que foram utilizadas para validar as informações transmitidas neste texto.

Caso queira outros sobre o assunto ou tenha dúvidas, deixe o seu comentário. E, Caiu na Internet, divulga. Quanto mais pessoas souberem o que fazer melhor.

Referências:

Tem dúvidas sobre os termos usados no texto Caiu na Internet?

O que é paciência e resiliência:

Paciência  é uma virtude que mistura vários outros sentimentos e que tem o seguinte significado etimológico que vem do latim  patientĭa,ae ‘capacidade de suportar, de resistir’ ou seja, é a virtude que consiste em suportar dissabores e infelicidades; resignação (a ação de resignar que é submeter-se sem revolta a; acatar, conformar-se, renunciar voluntariamente a; demitir-se de. é a capacidade de persistir numa atividade difícil; perseverança (persistir numa empresa/empreitada, ser constante; permanecer, conservar-se. continuar (de alguma forma ou maneira); ficar, permanecer. insistir, persistir, teimar. Ter calma para esperar o que tarda.

Resiliência: propriedade da física que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica ou no figurativo é a capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.

O que é Slut-shaming?

Slut-shaming (sem tradução para o português) é definido como o “ato de induzir uma mulher a se sentir culpada ou inferior devido a prática de certos comportamentos sexuais que desviam das expectativas ditas tradicionais do seu gênero. Estes comportamentos incluem, dependendo da cultura, ter um grande número de parceiros sexuais, ter relações sexuais fora do casamento, ter relações sexuais casuais, agir ou se vestir de uma maneira que é considerada excessivamente sexual.”

Leia também no caso de Caiu na Internet:

  1. Dica para amigos de pessoas que sofrem com Sextorção
  2. O que fazer no caso de Sextorção (vítimas).
  3. Seus Nudes Vazaram e agora?
  4. Passo a passo legal para pornografia da revanche
  5. ‘Não tenho mais vida’, diz Fran sobre vídeo íntimo compartilhado na web
  6. https://www.huffpostbrasil.com/news/revenge-porn/
  7. https://en.wikipedia.org/wiki/Sextortion

Post original 8/6/2018 | Revisado 28/11/2021

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1 comentário em “Caiu na Internet meu vídeo e agora? 10 passos para seguir…”

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