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Adaptação escolar pela Psicóloga Simone Cortez no Psico.Online

Adaptação escolar

Adaptação Escolar, a hora que nossos filhos precisam ir para escola.

Adaptação Escolar. Duas palavrinhas que soam aos nossos ouvidos, mães e pais, como aterrorizadoras.

Qual é o melhor momento? Qual o melhor método?

Existe uma fórmula secreta para a adaptação escolar se dar de uma maneira feliz, rápida (oi?) e eficaz?

No mundo da maternidade não existem regras claras e receitas infalíveis.

É sempre necessário entender o contexto, a dinâmica familiar e, principalmente, olhar para a criança e para a sua família com olhares individuais.

Se eu pudesse dar uma única dica, seria essa: respeitar o tempo da criança e dos pais. Mas nem sempre é assim.

No Brasil, temos uma licença maternidade muito pequena.

A grande maioria das mães precisam retornar ao trabalho quando seus bebês ainda são muito novos, por volta dos 6 meses de idade. Sim, muito cedo!

São poucas as mães que podem escolher quando voltar ao trabalho e iniciar a adaptação escolar de seus filhos. E isso dificulta muito!

Num mundo ideal, e ele existe (em países mais desenvolvidos e que entendem a infância como um momento sagrado da vida de um ser humano) as mães (e também os pais!) podem escolher quando esse momento finalmente chegou.

Mas e aqui… como devemos fazer a adaptação escolar dos nossos filhos?

É chegada a hora, seja por escolha ou por necessidade, de nos separarmos dos pequenos.

Devemos tentar da forma mais gradativa e respeitosa possível a transição, do espaço privado, casa, para o espaço coletivo, escola, creche, escolas parentais (quando um grupo de pais assumem, em rodízio, os cuidados de um certo grupo de crianças).

É preciso escolher (quando podemos) uma escola que fale a mesma língua que nós.

Que entenda e olhe para as nossas crianças com um olhar individualizado. Que olhe para aquela dupla (mãe ou pai e filhos) com esse mesmo olhar. E que tenha um diálogo aberto com os pais.

No meu entendimento, são as pessoas do espaço que devem ter o trabalho, ou disposição, principalmente com crianças que demandam mais, de serem acolhedoras e se mostrarem confiáveis e carinhosas.

Elas é que deveriam ser capazes de criar um vínculo de confiança com a criança, e não o contrário.

Não é a criança que tem que se acostumar a ficar longe de casa e da sua família.

A criança tem que ser cativada e conquistada, ao ponto de se sentir tão segura, que encare como uma coisa boa o fato de ter que dar ‘tchau’ para a mãe, e ficar longe dela.

Deve ter condições de entender o espaço e as atividades oferecidas pela escola como uma experiência gostosa e prazerosa.

E quando é o caso de uma adaptação escolar mais difícil, a escola deve abrir para o responsável ficar mais tempo junto com a criança, no ambiente escolar, até que ela vá se sentindo segura de ficar sozinha, sem a companhia dos pais ou responsáveis.

Sei que dessa forma é mais trabalhoso, mais demorado, demanda mais tempo e disposição dos pais e da escola, mas é proporcionalmente mais respeitoso.

E vai garantir que seja mais suave e feliz a adaptação escolar, e aos espaços públicos e coletivos.

Porque no fim, é isso o que queremos para os nossos filhos (e as crianças em geral): que sejam felizes e que cresçam preparadas para estarem na vida e no mundo, plenas e confiantes.

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Nasci e moro em São Paulo, sou Psicóloga formada pela Universidade Paulista no ano de 2000. Consultora Materno-familiar, Escritora, Educadora Perinatal, Doula, Mãe do Alexandre e Sonhadora em tempo integral! Hoje em dia me divido entre a maternidade e a profissão.

Gostaríamos de escutar o que você tem a dizer.

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