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5 sugestões para quem está lidando com doenças crônicas

Da doença a reconstrução: breves reflexões sobre como lidar com o adoecimento crônico

Em um processo de adoecimento, seja ele agudo ou crônico, a percepção de ameaça à vida cresce significativamente diante da doença. 

Há uma nova condição de saúde que desperta e consequentemente um novo olhar sob o corpo que ainda estava ancorado no sentimento de finitude.  

As reflexões acerca do risco da morte diante do adoecimento, causam indagações em quem os vive mas também em quem está no entorno do adoecido ou adoecida: e como compreender tal fenômeno sem de fato vivenciá-lo? 

Isso é motivo de grande angústia para nós humanos e mortais (GUERREIRO, 2014).

Diante dos processos de adoecimento, as mudanças assumem muito mais do que uma questão física.

Há sinais, sintomas e o corpo é submetido a tratamentos muitas vezes complexos e consequentemente, com efeitos adversos diante de todas as tentativas de se alcançar uma cura.

Nesse sentido refletir sobre o risco da morte é essencial, pois diante dele poderemos assim significar tais angústias e consequentemente, lidar com o corpo em processo de adoecimento reconhecendo nossas potencialidades mesmo diante de uma circunstância de doença que tende a parecer tão adversa ao que conhecemos.

E, nesse trajeto, muitas vezes as emoções decorrentes de tais experiências são insuportáveis. 

Além das perdas físicas no campo da saúde, ocorrem mudanças de ordem social: muitas vezes é necessário um afastamento do trabalho e perde-se aí, mesmo que temporariamente o senso de produção e de papel na sociedade. 

Diante desse sentimento de perda de papéis e da própria condição de saúde que fora anteriormente tomada como normal, o psicólogo é o profissional capaz de auxiliar aquele que busca por ajuda diante desse processo de enfrentamento.

É preciso significar que tais perdas configuram uma forma de luto. 

Não é o mesmo luto vivenciado frente a perda de uma pessoa querida, mas sim um luto pela perda da condição de saúde. 

É preciso elaborar todo o processo decorrente dessas cargas afetivas, olhar para o meio onde esse sujeito que busca por ajuda está com vistas a romper com aquele corpo adoecido e propiciar olhar para o novo corpo em processo de adaptação construindo assim, o exercício da resiliência. 

É preciso calma, silêncio e acolhimento nesse processo (KOVACS,2007).  

Desse modo, como paciente confirmo que a manifestação de uma doença rompe com o sentido da vida.

A acolhida humanizada dentro da instituição seja hospitalar ou no consultório terapêutico  é capaz de escutar a voz de quem padece em silêncio; a medida em que não se enaltece a doença pode-se significar a vivência da dor.  

woman wearing face mask doença
Photo by Anna Shvets on Pexels.com

5 sugestões para você que está lidando com a doença crônica

Para você que adoeceu, é importante refletir sobre algumas coisas:

  1. Quais são os meus limites atuais e quais foram eles antes da doença?
  2. Quais são os caminhos e atos necessários para que eu garanta os meus limites?
  3. Como eu posso me respeitar diante desse mundo que não para?
  4. Como olhar para as novas necessidades trazidas pelo processo de adoecimento?
  5. Como reconhecer esse novo corpo e suas potencialidades?

Diante desse processo de reflexão é preciso apontar a necessidade de estabelecer um vínculo de confiança com seu médico. 

É importante que você possa sanar suas dúvidas e se sentir acolhido nessa relação. 

Mas também, há altos e baixos nesse contexto e em como qualquer outro. 

Diante disso, que tal poder contar com um psicólogo para te acompanhar nesse trajeto?

O psicólogo é o profissional capaz de te ajudar a refletir sobre tais aspectos em uma relação sem julgamentos. A psicoterapia se constitui como um espaço de acolhimento e reconstrução diante da dor.

Ficou com dúvidas? Agende sua sessão comigo ou faça o seu comentário. Compartilhe este post e até a próxima.

Bibliografia recomendada

GUERREIRO, Emanuel.  A IDEIA DE MORTE: DO MEDO À LIBERTAÇÃO.
Disponível em:  <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S080789672014000200012>.   

2 / 2 Acesso em 06 Set.2022 

Kovács, M. J. Contribuições de Elizabeth Kübler-Ross nos estudos sobre a morte e o morrer. In D. Incontri & F. S. Santos (Orgs.),

A arte de morrer: Visões plurais (pp. 207-216). São Paulo: Comenius, 2007

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Psicóloga em Psico.Online

Psicóloga Daiane Baldo Apolinário CRP 06/134495 especialista em humanidades e Humanização no campo da saúde e mestranda no programa de Pós-graduação em Gerontologia. Tenho experiência com os temas: doenças crônicas, câncer, ansiedade, depressão e violência doméstica. Com a Psicologia clínica, tenho como objetivo ofertar um espaço de acolhimento para adolescentes, jovens, adultos e idosos com vistas a propiciar um espaço de escuta e elaboração de questionamentos ou angústias que nos afligem nesses tempos modernos.
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