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preconceito e prejulgamento no psico.online

Preconceito ou pré julgamento além do que pensamos

Preconceito: este será um post que tentarei aos poucos melhorar, pois envolve uma série de argumentos e contra argumentos que são essenciais para seguirmos na linha de raciocínio que desejo.

Comecemos então, por uma definição básica, referenciada:

Segundo o artigo de Cícero Pereira, Ana Torres, Raquel Rosas, & Saulo Almeida Teles de  2003 na revista Científica Psicologia, Reflexão e Crítica a definição mais utilizada para o preconceito na Psicologia Social é a explicitada por Allport (1954), como sento uma atitude negativa em relação a uma pessoa baseada na crença de que ela tem as características negativas atribuídas a um grupo.

Essa atitude seria constituída por dois componentes: um cognitivo, a generalização categorial, e um disposicional, a hostilidade, que influenciaria comportamentos discriminatórios (Jones, 1972).

A partir da obra de Allport (1954), várias teorias foram desenvolvidas para explicar o preconceito (Monteiro, 2000).

Segundo Billig (1993) e Martínez (1996), essas abordagens têm enfatizado, sobretudo, as causas psicológicas do preconceito, tais como as teorias da personalidade autoritária (Adorno, FrenkelBrunswik, Levinson & Sanford, 1950), da frustração-agressão (Dollard, Doob, Miller, Mowrer & Sears, 1939) e do espírito fechado (Rokeach, 1960).

Poderíamos falar sobre generalização categorial aqui, mas seria um post só para explicar o assunto: generalização e o categorial, para dar um norte, vamos dizer que é uma teoria que tenta colocar tudo dentro de caixinhas que já temos construídas, sem considerar as que vamos construindo sem ter muita ideia daquilo que estamos fazendo.

Sabe quando vamos organizar nossas músicas e criamos uma categoria chamada “outros”? Pois é.. esse é um modelo de generalização de algo que não sabemos como categorizar. 😉

Qual o motivo de falarmos de preconceito?

Nossas batalhas diárias enfatizam muito os preconceitos contra as minorias: falam do preconceito racial (tem muito material), do preconceito contra a diversidade sexual (mais outra quantidade de material), do preconceito contra características do idioma – o preconceito linguistico, preconceitos contra as pessoas com deficiência, preconceito religioso, preconceito etário… e tantos outros conceitos pré formatados.

Somos (todos nós) preconceituosos por criação.

E só me arrisco a dizer isso pois estou em um post no blog e não em um trabalho acadêmico, pois ia dar um trabalhão explicar essa afirmação contundente. Mas pense nisso: conforme vamos crescendo aprendemos, e durante o aprendizado somos condicionados a raciocinar de uma determinada forma com base naquilo que somos ensinados.

Se somos preconceituosos por criação, acondicionamos nossos certezas em diversas caixinhas que aos poucos vamos naturalizando e paramos de questioná-las, pois elas se tornam “naturais” e passamos a acreditar nelas como verdades.

Seguimos então por essa linha de raciocínio, pois é muito trabalho e esforço mental, reestruturar todo o nosso índice de conhecimento.

Já tentaram organizar a organização de outra pessoa? Não é difícil?

Pre julgamento e preconceito

Quando definimos uma norma para gente, tomamos nossas decisões com base nessas regras. Ora, se eu sei que as coisas funcionam assim ou assado, logo… posso estar muito errado. 😉

Ontem por exemplo: moro em um local que em épocas de carnaval fica fechado. Todas as ruas ao redor da minha casa são caminhos de bloco de carnaval.

Com muita pressa, saía para um compromisso. Ruas fechadas. E uma mulher apontou o dedo para mim e disse: “você não pode trafegar com o carro nesta rua” (fechada). Eu estava saindo, a rua estava em uma interdição inicial e eu iria ficar preso do horário do almoço até depois das 22:30 se tudo corresse bem.

Ela pré-julgou, com base nos conhecimentos delas, que eu estava quebrando uma regra (criada por ela) em seu conceito. E logo em seguida me condenou.

Se ela fosse um agente de transito, provavelmente eu teria sido multado ou teria que ter parado e dado explicação que morava naquele quarteirão e que poderia sair antes dele ser totalmente interditado.

Ela foi pré conceituosa (afirmou algo sem bases sólidas de conhecimento). E pré julgou, dando uma sentença que poderíamos bater boca, ou prejudicar um ao outro caso tivéssemos esse poder.

Eu estava com pressa, e ela com pressa em ter certeza que estava certa.

Sua opinião

Esse texto vai ser encerrado (por enquanto) por aqui para ver se alguém gostaria de opinar, nos comentários, sobre o assunto. Gostaria muito de ler a opinião sobre o que já foi colocado. Depois, com o tempo, pretendo voltar a este post e complementá-lo ainda mais.

Qual a sua opinião sobre preconceito e pre julgamento?

Referências:

Allport, G. (1954). The nature of prejudice. Cambridge: Addison-Wesley.

Adorno, T. W., Frenkel-Brunswik, E., Levinson, D. & Sanford, R. N. (1950). The authoritarian personality. New York: Harper & Row

Billig, M. (1993). Racismo, prejuicios y discriminación. Em S. Moscovici (Org.), Psicologia social: Influencia y cambio de atitudes, indivíduos y grupos (pp. 575-600). Barcelona: Paidós.

Dollard, J., Doob, L., Miller, N. Mowrer, O. & Sears, R. (1939). Frustration and aggression. New York: Yale University Press.

Jones, J. M. (1972). Prejudice and racism. Reading, Massachusetts: AddisonWesley.

Martínez, M. C. (1996). Análisis psicosocial del prejuicio. Madrid: Síntesis.

Monteiro, M. B. (2000). Conflito e negociação entre grupos. Em J. Vala & M. B. Monteiro (Orgs.), Psicologia social (pp. 411-456). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Pereira, Cícero, Torres, Ana Raquel Rosas, & Almeida, Saulo Teles. (2003). Um estudo do preconceito na perspectiva das representações sociais: análise da influência de um discurso justificador da discriminação no preconceito racial. Psicologia: Reflexão e Crítica16(1), 95-107. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722003000100010

Rokeach, M. (1960). The open and closed mind. New York: Basic Books.

 

 

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1 comentário em “Preconceito ou pré julgamento além do que pensamos”

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