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Herói ou Martires

Heróis, mártires ou pessoas éticas e boas?

heróis, eles estão por aí sim.

Não são os Vingadores da Marvel ou a Liga da Justiça da DC Comics e, quem dera fossem, voando ou correndo por aí já que justiça (na minha opinião) anda meio que uma jóia rara.

Quando falamos em Heróis e, neste texto queria lembrar de três atuais e recentes: o Francisco, a Heley e o Tatuado, pensamos naquelas pessoas com superpoderes ou que correm por aí lutando contra o crime, ou não? No caso deles, não.

Claro, se você for mais racional poderá sugerir os profissionais e, muita gente pensa em profissões de risco como: Soldados, Bombeiros, Policiais, Voluntários de linha de frente dos atendimentos…

Pois bem, queria propor a seguinte pensamento:

Eles são heróis ou o seus atos, isolados, o transformaram em heróis?

Esses três que citei, segundo a grande mídia são heróis. Essas profissões (e algumas outras) segundo o pensamento popular, também são heróis.

Mas o que são heróis?

Na Wikipédia [1] o termo de Herói é uma figura arquetípica, personagem modelo, que reúne, em si, os atributos necessários para superar, de forma excepcional, um determinado problema de dimensão épica.

Para os Gregos antigos, o herói situava-se na posição intermédia entre os Deuses e os Homens, sendo, em geral, filho de um Deus e de uma Mortal (Hércules, Perseu), ou vice-versa (Aquiles).

Portanto, para os gregos antigos, o herói tinha uma dimensão semidivina.

Compreendido diferentemente consoante as épocas, as correntes estético-literárias, os géneros e subgéneros narrativos, o herói é marcado por uma projecção ambígua: por um lado, representa a condição humana, na sua complexidade psicológica, social e ética; por outro, transcende a mesma condição, na medida em que representa facetas e virtudes que o homem comum não consegue mas gostaria de atingir – fé, coragem, força de vontade, determinação, paciência etc.

O heroísmo que resulta em auto sacrifício chama-se martírio.

O herói será tipicamente guiado por ideais nobres e altruístas – liberdade, fraternidade,sacrifício, coragem, justiça, moral, paz. Eventualmente buscará objetivos supostamente egoístas (vingança, por exemplo); no entanto, suas motivações serão sempre moralmente justas ou eticamente aprováveis, mesmo que ilícitas.

Aqui é preciso observar que o heroísmo caracteriza-se principalmente por ser um ato moral.

Existem casos em que indivíduos sem vocação heróica protagonizam atitudes dignas do herói.

Há também aqueles em que os indivíduos demonstram virtudes heroicas para realizar façanhas de natureza egoísta, motivados por vaidade, orgulho, ganância, ódio, etc. É o caso dos caçadores de fortuna (piratas, mercenários, etc).

Tais exceções não impedem de serem admirados como heróis; no entanto, serão melhor representados no arquétipo do anti-herói. jack Sparrow por exemplo, dos Piratas do Caribe.

Em outro texto que escrevi sobre isso [2] também trouxe o seguinte:

Um ato de heroísmo suprime os erros do passado? Não.

Um ato heroico, bravo, dá sobrevida a um ideal moral, mas não suprime erros.

Mostra que existem momentos em que temos que decidir, por algo, por alguém ou por nós mesmos.

Mais que uma ação, na maioria das vezes, e para a maioria das pessoas, fazem-nas esquecer, pelo menos a curto prazo, do restante e pelo outro.

Um ato heróico é apenas um ato heroico então; embora, meu desejo é que fosse mais ele é apenas um ato e, precisamos, tentar ao menos ser heróicos durante cada dúvida ou decisão moral que temos que tomar.

Tanto que os seres humanos citados neste texto deveriam estar, na nossa memória sim como um exemplo a se pensar no próximo, mas que embora tenham se martirizado e morrido por alguém ou alguéns, recebem uma menção honrosa mas logo caem em esquecimento por tantas coisas que acontecem no mundo.

Aliás o mundo está cheio de heróis e atos heróicos. Você, se procurar no seu íntimo será capaz de encontrar momentos em que ultrapassou seus limites por algo ou alguém. Cabe ver se foi um ato heróico ou anti-heroico.

Mas com heroísmo diários, fazendo parte do trabalho seria impossível citar nomes, até por que muitos têm atos heróicos, mas apenas atos.

Heróis também poderiam ser aqueles que acordam de madrugada, sem nada no estômago e conseguem, com pequenas tarefas fazer seu filho tirar um diploma ou seguir em frente, por sua mãe, por seu pai ou por sua comunidade.

Sei que parece meio injusto, mas neste texto queria falar desses três e homenageá-los por sua bravura e que seus atos inspirem a outros:

Ricardo, o Tatuado Gentil, de 30 anos que esteve na mídia por causa do Incêndio no prédio do Centro da Cidade de São Paulo. Que voltou para ajudar os outros e morreu tentando se salvar.

A professora Heley de Abreu Silva Batista, 43, que morreu horas depois de salvar crianças de um incêndio na creche em que trabalhava, em Janaúba – Minas Gerais e que recebeu neste a Ordem Nacional do Mérito [3]

E Francisco, que em 04 de setembro de 2015 [2], em frente a catedral da praça da Sé, na cidade de São Paulo, na escadaria da igreja, diante de suas portas e com muitas testemunhas, várias câmeras e o símbolo católico cristão da cruz; deu a sua vida tentando salvar a vida de uma mulher e levou pelo menos dois tiros.

Conseguiu libertá-la do seu opressor. Enquanto Francisco se jogava sobre o outro a mulher escapou. Francisco, cambaleou. Sangrou. Morreu.

Como ser um herói?

Deixo essa pergunta para o final do texto. Para você pensar no quanto podemos mudar em nossos modelos para que o todo ganhe, como podemos trabalhar menos o nosso egoísmo e pensar na comunidade, no social que será revertido claro, para todos nós. Talvez não neste momento, mas o mundo, precisa de pequenos e vários atos e também precisa de heróis.

Mártires, que sejam lembrados por sua bravura e sacrifício, mas que, ao nos depararmos com dilemas morais e éticos, prevaleça o bem e a boa ventura em todos os sentidos.

 

[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Herói

[2] http://oqvcv.blogspot.com.br/2015/09/heroi-ou-martir-neste-caso-martir.html

[3] https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/10/08/professora-que-morreu-ao-salvar-criancas-em-creche-recebe-ordem-nacional-do-merito.htm?cmpid=copiaecola

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Psicólogo CRP 06/154.661 - Formado Psicologia e em Administração com ênfase em Marketing, geek que respira tecnologia, pesquisador e mestrando em tecnologias da inteligência e design digital. É um dos fundadores do Psico.Online e do MeuPsicoOnline.com.br. Com diversos artigos e livros publicados tem sua atuação focal em jovens, adultos e idosos. Agende comigo

1 comentário em “Heróis, mártires ou pessoas éticas e boas?”

  1. Adicione o imigrante africano que escalou um prédio apenas com as mãos para salvar uma criança enquantos outros apenas olhavam.
    Os mergulhadores que adentraram a caverna em busca dos garotos na Tailândia.
    No primeiro caso a força motivadora era gostar de crianças.
    No segundo caso em plena Copa do Mundo enquanto alguns se inebriavam no próprio ego…
    Os mergulhadores mal paravam pra dar uma entrevista porque “tinham um trabalho a fazer”.

Gostaríamos de escutar o que você tem a dizer.

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