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Como escolher a profissão certa

Quando você para pra pensar na escolha da profissão chega a dar um frio na barriga, não é?

Tenho vários pacientes em época de decisão do que vão prestar no vestibular e vejo neles a angústia e o medo de fazer a escolha errada ou o peso da dúvida sobre o que e como decidir.

Hoje uma pessoa me perguntou como eu escolhi ser psicóloga e vou relatar um pouquinho dessa história aqui.

Minha escolha foi quase ao acaso. Sempre me encantava ajudar as pessoas, conversar e dar conselhos para as amigas, mas eu nunca havia pensado em cursar psicologia.

Meu “sonho” era ser médica, até uns 15 anos. Depois queria ser oceanógrafa, bióloga e advogada.

Prestei vestibular pra essa última opção, passei, mas na hora de fazer a matrícula algo me travava. A única coisa que eu pensava era, mas e se um dia eu precisar defender um assassino? E decidi não seguir adiante com isso.

Preciso escolher uma profissão e agora?

Fiz mais seis meses de cursinho, sem saber o que ia prestar. Até que um dia uma pessoa muito querida me diz “por que você não faz psicologia?”

Saí dessa conversa pensando “é, por que não faço?”. Era julho, vestibular de inverno, entrei no site da universidade, me inscrevi e voilà!

Alguns meses depois lá estava eu numa sala com um bando de gente querendo se entender (é a resposta padrão dos alunos de psicologia).

Aulas e mais aulas, livros, leituras infinitas e lá se ia o terceiro semestre. Nesse momento tive uma crise existencial, me perguntei o que eu estava fazendo naquele lugar e pensei seriamente em parar aquele curso chato.

Antes de tomar a decisão, fui conversar com uma professora, que em toda sua calma e experiência me disse “permita-se mais um semestre e se você não gostar, daí desista”.

Ok, vamos esperar então, ela deve saber o que está me dizendo, né?!

Foi paixão à quarta vista, ou à quarto semestre, rs

Comecei a me identificar com aquele universo, com a compreensão que podíamos ter acerca do humano, do seu agir e do seu pensar. Era realmente aquele o meu caminho. Não tinha cansaço que me impedisse de dirigir por quase uma hora depois de um longo dia de trabalho, pra poder ouvir aqueles professores encantados e nos encantando.

Foram mais alguns semestres e enfim o diploma. Hoje tenho a certeza de que estou na profissão certa, sinto isso todas às segundas-feiras, quando acordo feliz porque vai começar mais uma semana de atendimentos.

Me sinto realizando algo maior e com a certeza de que faço a diferença com o meu trabalho. Me sinto em paz.

Então, o que eu digo para os meus pacientes indecisos é que você sabe que está no lugar certo quando seu coração reage bem à ele. Quando você quer estar ali, quando mesmo cansada(o) insiste em ficar e isso, independente da profissão que você escolher 😉

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CRP 6/101759 - Graduada pela Universidade São Francisco, mestre em Ciências da Saúde pela Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo. Psicóloga clínica desde 2010, busca constante aprimoramento na abordagem analítica. Estudou Cinesiologia no Instituto Sedes Sapientiae, frequentou grupos de estudo e supervisão teórica na Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica de São Paulo e ainda, integrou o grupo de Neurociências do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Atualmente é doutoranda em Psicologia Social, pela Universidad Complutense de Madrid.

Gostaríamos de escutar o que você tem a dizer.

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